Nessas ocasiões, trataram-se de diversos temas de significado para os estudos no âmbito do programa da Academia Brasil-Europa dedicado às relações entre o Mediterrâneo e o Atlântico.
Dentre os complexos temáticos considerados, podem ser lembrados os estudos de relacionados com o mito de Hércules, de significado emblemático para Mônaco.
A razão dessa atenção explica-se pelos elos revelados entre a figura de Hércules e concepções do Homem, tanto no Gnosticismo da Antiguidade como na linguagem visual das tradições cristãs.
Nesse sentido, procedeu-se a análises da linguagem simbólica de expressões culturais medievais ainda presentes na tradição brasileira, em particular naquelas relacionadas com a festa de Reis.
A análise de processos de metamorfoses de imagens tem-se relevado como de decisiva importância para estudos de processos de transformação cultural. Os resultados dessas reflexões e desses estudos foram tratados em vários eventos. Tais temas de natureza simbólico-antropológica revelam-se como de importância para estudos da Estética e da Ética.
Monaco motivou também estudos voltados ao relacionamento das esferas de influência cultural italiana e francesa na correspondente orla marítima do Mediterrâneo. Sobretudo em estudos voltados à superação de limitações impostas por perspectivas nacionais na história da música e das artes, Monaco, assim como a Côte d'Azur e a Riviera Italiana oferecem favoráveis condições para o tratamento contextualizado de mudanças de orientação segundo centros culturais no decorrer da história e de configurações cosmopolitas em processos de difusão.
Nesse contexto, considerou-se em particular a Ópera de Monte Carlo, construída em 1879 por Charles Garnier, arquiteto da Ópera de Paris e na qual atuaram artistas e levaram-se óperas de particular relevância para uma história da música em contextos globais.
Dentre os compositores estudados, salienta-se Jules Massenet (1842-1912), uma vez que muitas de suas óperas foram estreadas em Mônaco no início do século XX. Massenet exerceu influência em compositores brasileiros, em particular no seu discípulo Francisco Braga (1868-1945). No período de florescimento econômico de Monte Carlo no século XIX, vários artistas de renome internacional que ali se apresentaram também estiveram no Brasil.
Sob o ponto de vista dos trabalhos desenvolvidos no âmbito do programa Cultura-Natureza da Academia Brasil-Europa, Mônaco tem recebido particular atenção devido ao Jardim Exótico ali existente e ao Museu Oceanográfico.
Nesse sentido foram desenvolvidos também os mais recentes trabalhos de atualização dos conhecimentos e da situação em Monaco, levados a efeito em 2014. O empenho exemplar do Principado em questões de ecologia e as soluções que apresentam para o desenvolvimento urbano responsável em situação de exiguidade de espaço surgem como significativas nos intentos voltados a estudos urbanológicos de orientação ambiental.
Fotos A.A.Bispo 2014. Arquivo A.B.:E. ©
BRASIL-EUROPA
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Organização de estudos de processos culturais em relações internacionais (registrada 1968)
Academia Brasil-Europa
Direção: Prof. Dr. Antonio Alexandre Bispo
ESTUDOS CULTURAIS EUROBRASILEIROS RELACIONADOS COM O PRINCIPADO DE
MÔNACO