Nesse sentido, logo se constatou a necessidade de consideração mais diferenciada de etnólogos suecos que realizaram pesquisas na América do Sul e que marcaram com as suas obras o desenvolvimento da antropologia cultural, em especial dos estudos indígenas referentes ao Brasil.
Entre êles, no âmbito dos cursos realizados pela implantação da área disciplinar da Etnomusicologia em cursos de Licenciatura em Educação Musical e Artística no Brasil, em 1972, considerou-se em especial E. von Nordenskiöld e K. G. Izikowitz. Do ponto de vista teórico, discutiu-se em várias ocasiões a partir deste ano concepções e procedimentos da Musicologia Comparada mais antiga, em particular teorias e hipóteses relativas a migrações de instrumentos e a sistematizações organológicas. Sobretudo a crítica de classificações instrumentais na tradição da Musicologia Comparada alemã, aplicadas aos instrumentos indígenas sobretudo por Izikowitz marcou a discussão específica dos anos seguintes, levada a efeito em várias ocasiões no Brasil e na Europa.
Para a observação da situação dos estudos in loco, realizou-se uma primeira viagem de contatos e estudos a várias cidades da Suécia, em 1982. Sob o pano de fundo dos trabalhos anteriormente desenvolvidos, o centro das atenções foi a assim-chamada escola de Göteborg.
Estudos de antropologia cultural relativos ao Brasil na tradição sueca voltaram a ser considerados mais pormenorizadamente no âmbito do programa de estudos das culturas musicais indígenas desenvolvido em várias regiões do Brasil e iniciado oficialmente no Congresso Internacional realizado no Rio de Janeiro, em 1992. Motivou pesquisas e eventos voltados à renovação de concepções organológicas a partir de exames de uma sistemática simbólica de instrumentos compreendidos como veículos. Essa temática marcou a abertura do Congresso Internacional "Música e Visões", da Academia Brasil-Europa, que abriu, em 1999, o triênio de eventos científicos pelos 500 anos do Descobrimento do Brasil.
Em 2008 realizou-se novo ciclo de estudos da A.B.E. em cidades da Suécia. Esses trabalhos tiveram continuidade em 2013, tratando-se agora em particular da presença alemã na história cultural sueca, suas inserções no complexo mais amplo do Mar do Norte e do Báltico no decorrer dos séculos e suas implicações para os estudos das relações Alemanha-Brasil.
Materiais
Apenas os disponíveis nos sites da A.B.E.
(em elaboração)
Estocolmo 2013. Fotos A.A.Bispo. A.B.E. ©
BRASIL-EUROPA
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Organização de estudos de processos culturais em relações internacionais (registrada 1968)
Academia Brasil-Europa
Direção: Prof. Dr. Antonio Alexandre Bispo
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