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ISSN 1866-203X - urn:nbn:de:0161-2008020501

N° 121 - (2009)

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Doc. N° 24


Joaquim Torres Delgado de Carvalho (1872-1921)

Estudou, no Rio de Janeiro, com Jose White (1835-1918), violinista cubano. Estudou também com Rudolph Eichbaum, entre 1891 e 1899.

Acompanhando um irmão diplomata, viajou pela Europa, em 1893. Algumas de suas composições foram executadas na Suíça.  Em 1894, apresentou a ópera Moema, no Teatro Lírico do Rio de Janeiro (libreto do autor e de Assis PAcheco).

Nova viagem à França. Tentou ingressar no corpo docente do INM, em 1901, nomeado bibliotecário e responsável pelo gabinete de acústica e do museu instrumental.  Vetado por Alberto Nepomuceno. Demitiu-se em 1907. Em 1918 foi reconduzido ao antigo cargo.


(Luiz Heitor, 150 Anos de Música no Brasil (1800-1950), Rio de Janeiro: José Olympio, 1956,  Coleção Documentos Brasileiros 87, 103-104)

Delgado de Carvalho, nascido no Rio de Janeiro a 24 de Agosto de 1872, apresentou a ópera Moema em 1894, com grande êxito. Trata-se de um ato romântico, com assunto indígena, que teve a fortuna de percorrer várias cenas européias e serviu para a inauguração oficial do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, em 1909. Com a Hostia (1898), um ato nebuloso de Coelho Neto, tresandando a wagnerismo nos mais insignificantes detalhes do poema, o compositor sacrificou ao ídolo da moda; mas sua dedicação às fórmulas do drama lírico não teve a recompensa de êxito idêntico ao da despretensiosa Moema. Delgado de Carvalho, que estudou em Paris e revela em sua obra forte influência da música francesa, escreveu música de cena para a Laís de Ivan d'Hunac e a Bela Adormecida de Aguilar Pantoja, uma Suite para orquestra, várias peças para piano, canto, etc. Foi o primeiro bibliotecário do Instituto Nacional de Música. No fim da vida afastou-se das atividades artísticas, terminando seus dias a 28 de Março de 1921, longe das competições e lutas de uma sociedade musical que se transformava ràpidamente, monstrando-se hostil a êsses compositores do século passado, cujo coração ainda batia compassado pelos ideais da música européia. (104)

Renato Almeida, História da Música Brasileira, 405

...consagrou-se sobretudo ao gênero lírico, tendo deixado duasóperas. A primeira, Moema, foi representada não só nesta capital, em 1894 e, depois, em 1910, para a inauguração do Teatro Municipal, como em várias cidades brasileiras e ainda em Luisboa, no Porto e na antiga Petrogrado, sempre com êxito satisfatório. O autor foi saudado como uma auspiciosa promessa, que não chegou todavia a confirmar-se. A sua segunda ópera, Hóstia, em 1 ato, foi cantada em 1898, no Rio de Janeiro, por iniciativa do Centro Artístico, mas não obteve nenhum êxito, tendo sido considerada, como informa Cernicchiaro, um trabalho deficientzemente elaborado. Escreveu uma música de cena para Lais, de que foram executados trechos e para a Bela Adormecida, além de peças para piano, dentre as quais citarei Sonata, Valsas Humorísticas e Marche des Poupées.



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